Uma expedição de Mateus Aleluia realizada no ano passado pelo Continente Africano, deu origem ao projeto Nações do Candomblé, no qual o cantor e compositor apresenta suas pesquisas mais recentes no âmbito da ancestralidade ritualística musical pan-africana.
Registros feitos durante a incursão etno-poética-musical, como os cantos para os voduns, bem como entrevistas com sacerdotes e líderes de culto, podem ser conferidos no Museu Virtual Nações do Candomblé. A ferramenta foi idealizada em parceria com a Editora Solisluna e criada pelo fotógrafo Kin Guerra. No link www.nacoesdocandomble.com.br, o visitante acessa conteúdos especiais, que serão constantemente atualizados, de acordo com os desdobramentos da expedição.
No museu on-line, as mais diversas linguagens artísticas, como música, fotografia e audiovisual se relacionam com procedimentos etnográficos, trazendo uma contribuição significativa para o entendimento dos contornos identitários do povo brasileiro a partir das culturas advindas da diáspora africana.
O projeto Nações do Candomblé também deu origem ao álbum Afrocanto das Nações - Jêje, indicado ao Grammy Latino 2022, mesmo ano em que foi lançado. A capa do disco foi criada pelo artista gráfico Enéas Guerra (Solisluna).
Outro resultado dessa pesquisa é a exposição Benin do lado de cá, que será inaugurada na Casa do Benin, em Salvador, no dia 6 de setembro. Assinada por Seu Mateus, como também é reverencialmente conhecido, a mostra é composta por duas instalações e fica em cartaz até 5 de dezembro. Na véspera da abertura, dia 05/09, às 18h30, ocorrerá um bate-papo na Casa do Benin com Mateus Aleluia, a diretora artística o projeto Tenille Bezerra, e o pesquisador Hippolyte Brice Sogbossi, professor titular do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Sergipe.